No encontro do Conexão Rotary desta semana, abril 12, vamos falar com uma jovem Rotariana, de apenas 27 anos, que tem uma trajetória brilhante entre Rotaract e Rotary clube.
Elizete Oliveira Lopes tem muitas paixões, mas duas delas a definem:
1. Vinhos, que aprecia, conhece, trabalha em importadora do ramo e estuda para se tornar uma sommelière (profunda conhecedora de vinhos).
2. Trazer conforto a pessoas carentes. Fazer o bem sem olhar a quem é o que move esta mineira no caminho da ação na
família Rotary.
Elizete tem exemplos de excelência em sua família. Seu pai, presidente de Associações de Bairro, foi a inspiração e a motivação maior que a levou a prestar serviços em ONGs – Organizações Sociais Sem Fins Lucrativos e OSCIPs – Organizações Sociais de Interesse Público, na organização de festivais culturais e movimentos sociais por melhorias de bairro.
Em Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha, que é uma das regiões mais pobres do Brasil, existem dois extremos – pobreza da comunidade & riqueza da cultura popular — e esta mistura, aparentemente contraditória, impulsionou Elizete no caminho da ação.
Esta mulher decidida em corpo de menina estava pronta para ser agente da transformação que almejava sua região. A desigualdade social tinha que ser amenizada e era necessário buscar soluções, para concretizar seu sonho
de ver a comunidade carente mais assistida. Surgiu, daí, a união entre ela outra amiga e a decisão de ambas de reativar um clube do Rotaract, em 2015.
Reativando o Rotaract Almenara-MG, distrito 4521, um dos projetos marcantes foi o Natal para crianças em uma comunidade rural da cidade, – na “Casa de Passagem” – entidade que abriga crianças por tempo indeterminado. De fato, um projeto e uma experiência muito relevantes pois dedicado a crianças e adolescentes carentes, com baixa escolaridade, muitas delas vítimas de abusos e que ali permaneciam a espera de uma decisão judicial que lhes dessem a oportunidade de uma vida melhor, através de adoção ou de recuperação de seus vínculos familiares.
Importante também foi o Projeto Carnaval que buscava levar alegria aos idosos residentes em asilos. Unidas e com apoio do Rotaract, as duas amigas levaram aos residentes, vovôs e vovós a surpresa festiva das marchinhas de carnaval. Conta Elizete que foi comovente ver e sentir a emoção desta inclusão dos idosos na festa tradicional carnavalesca, o que fez muito bem para todos os residentes e participantes do projeto.
Entre os projetos abraçados um se tornou fixo: “A limpeza da praia”. Na década de 80, a cidade tinha a maior praia fluvial do país e projeto foi pensado para dar mais vida e tentar resgatar a memória e preservar, com qualidade, a Praia da Saudade.
Esta trajetória enquanto viveu no Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais na cidade de Almenara, distrito 4520 – foi um marco que sempre a incentiva para continuar sendo uma Rotariana que acredita na força do voluntariado fazendo
o bem sem olhar a quem.
Veio a mudança de Elizete com a família para Niterói e, tão logo chegou, buscou uma forma de continuar sua missão. Filiou-se ao Rotaract Niterói Icaraí distrito 4751 e ali participou da visita em casa de passagem, distribuição de refeições para moradores de rua, biblioteca comunitária nas escolas públicas e principalmente em locais de difícil acesso. No Morro do Céu, por exemplo, desenvolveu o projeto em parceria com a Ordem Demolay – que é o grupo de jovens da Maçonaria – para realização de um mutirão de limpeza na Escola Brasil-China.
Decidida a dar sua contribuição participando também de um Rotary Clube, hoje é sócia ativa no Rotary Clube Niterói Leste – Distrito 4751 onde, entre outras ações, participou intensamente do projeto de distribuição de cestas básicas
para famílias carentes da cidade, durante as festas natalinas em 2020 um projeto que lhe trouxe muita emoção.
A crise gerada pela Pandemia COVID-19 na saúde pública e na economia global, para além das perdas irreparáveis de vidas, deixou inúmeros trabalhadores desempregados e muitas pessoas em situação de total vulnerabilidade no mundo e, em especial, no Brasil. Elizete, esta “Rotariana Nata” afirma que é preciso ser solidária, unir forças e doar tempo e trabalho voluntário neste clube. Ser rotariana e poder servir me faz acreditar que o mundo que sonhamos pode ser possível, diz ela.
Espero você!
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